O Governo do Estado do Amapá (GEA) busca a autonomia dos laboratórios do estado para a realização do exame desde que o primeiro caso de covid-19 atestou positivo no Brasil. O Ministério da Saúde (MS) enviou para o Estado os primeiros 15 kits necessários para a realização do exame.
Cada kit tem capacidade para a realização de 24 testes, ou seja, com esse material o Amapá poderá fazer 360 exames. O kit é produzido na central de Maguinhos, no Rio de Janeiro, da Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), que está atendendo à demanda de todos os estados da federação. Novos kits já foram solicitados.
O Estado também contratou técnicos de São Paulo para realizarem a calibragem no maquinário do Lacen que é necessário para a realização do exame. A metodologia utilizada será a mesma utilizada pelo laboratório do Instituto Evandro Chagas (IEC), ou seja, a biologia molecular, com a amostra do escarro do paciente.
Segundo os técnicos do Lacen, se a amostra tiver sido coletada, preservada e preparada corretamente, o resultado do exame é de alta confiabilidade, próximo aos 100%. Para a obtenção da técnica adequada, uma biomédica do Lacen participou de um curso de formação com técnicos do MS no próprio IEC.
A importância da testagem
A testagem tem importância fundamental para a definição do estágio de proliferação do vírus no Estado do Amapá, para além de influir diretamente nas políticas de contenção, isolamento e no quadro clínico de cada paciente.
“É fundamental uma testagem ampliada e com qualidade, pois sabendo, por exemplo, se há transmissão comunitária ou em que estágio se encontra a doença no Amapá, as políticas de enfrentamento pela governo e pela população poderão ser mais eficazes”, declarou o biomédico Gelmires de Queiroz, diretor executivo de vigilância laboratorial (DEVL/SVS).