A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS-AP), comparando com os dados de 2019, identificou aumento significativo nos números de Sindrome Respiratório Aguda Grave (SRAG) no Amapá.
Os dados comparam o registro da SRAG no mês de abril. Em 2019 foram notificados 18 casos, já em 2020, no mesmo mês, foram notificados 50 casos, um aumento de 280%.
Há um aumento também no número de vítimas fatais pela SRAG. No mês de abril do ano passado, foram 5 óbitos pela SRAG, este ano 13 pessoas faleceram.
O enfermeiro especialista em saúde pública da SVS-AP e técnico do setor de doenças de transmissão respiratória João Trindade, explica que a SRAG é quando há febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta e que apresenta dispnéia ou saturação de oxigênio menor que 95%. Mas o principal sintoma desta síndrome é o descoforto respiratório.
"Quando o paciente apresenta dispnéia ou saturação de oxigênio no sangue menor que 95%, o caso deixa de ser síndrome gripal, e passa a ser considerado Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)", explica João.
O aumento da síndrome está ligado a epidemia do novo coronavírus, uma vez que a SRAG é causada pelo agravamento de sintomas e sinais gerados por um vírus respiratório, como o da covid-19.
João Trindade conta que os sintomas de qualquer síndrome gripal devem ser tratados no início, para que se evite a evolução para a SRAG.
"O Ideal é que ele comece tratar ainda na condição de síndrome gripal, se ele puder procurar algum atendimento precoce, e realizar o tratamento mais adequado prescrito por um médico, isso minimiza as chances dele desenvolver a Síndrome Respiratória Aguda Grave", concluiu o especialista.